terça-feira, 28 de julho de 2009

O que importa de verdade?

Tento sorrir a esperança de um amor
todas as vezes que tento entender a vida,
e logo que me aprofundo, me redescubro dentro de mim.
Ora, talvez minhas ilusões estejam todas perdidas,
e eu sem respostas claras, me aprisione na clareza
de uma vida, em que seus resultados não são importantes no presente.
E agora, até que venha tal vida, vou dissecando meu ser
na esperança de não ser achado pelo amor egoísta,
que transforma meu corpo em meus olhos,
e minhas vontades em frívolas esperanças!
E quando meus desejos naturais me estremecem,
percebo ainda que seja vulgar a consumação das dores,
e vejo meu corpo, minha alma e espírito opostos entre si,
fragmentados pela limitação humana de ser apenas eu,
quando toda essa conjunção busca falar a mesma coisa.
Troco então meu lar de eternidade por um lapso de prazer covarde,
onde passo a me perder ao infinito dos horrores lascivos e vulneráveis,
que transcorrem as mentes e os corações dos espíritos desencaminhados,
que por sua vez, são mais felizes em sua massa manipulada, sem questionar!
A dor é o saber, que faz do saber o que não se sabe, o que não se pode, e o que não se quer. A dor é a falta de coragem para se levantar contra toda forma de estagnação,
se permitindo a uma vida triste e solitária de auto-depreciação costumeira.
A dor é uma navalha que recorta os pedaços nobres da pobre alma, rica sem saber,
e a torna traspassada de desejos volúveis, de empatias torturantes,
e formas bizarras de sobrevivência felizes, junto a todos que fogem sem saber.
A dor é saber, é fuga, é viver sem saber fugir, sem mentir a si mesmo.
É ver o mundo das pessoas se limitarem aos olhos terrenos e plenos de desesperos.
É ver a minoria vivendo da maioria e a maioria buscando ser a minoria.
É ver as crianças tornarem-se adultas na infância
e os pais atentos aos seus dias cinzentos de trabalho e sucesso!
Seremos poupados da dor, no dia em que aceitar que a vida, é uma forma normal de ser feliz, basta seguir o mecanismo arbitrário, afinal, só se vive o hoje, e amanhã te espera a história; que tu fez, quem tu foste, e o que deixou; sorriu, amou, viveu feliz, morreu farto, e tudo ficou no seu lugar. Eu aceito a paz e fico em silêncio até que a jornada me transtorne, ou que não me faça questionar as exigências, pois se há esperança depois da morte, para onde iremos se não é tudo como o é, mas mesmo não o sendo, eu o creio, e vale a dor de saber que não sei do que preciso, mas sei, que estou vivo e disposto a sofrer pelo Amor que creio, e que se faz grande em clima tempestuoso e incerto de presente concordância, com a triste realidade que vivo.
Melhor é tentar saber, se, pois de todo se sofre sem saber, melhor é sofrer sem fugir de si em busca do Amor, que por sua vez nos causa a cura e o sofrer na mesma dor.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Abraço Feliz

Em mim o tempo voa
levado junto à poeira
que o vento modela
invisível e infinito...

Deixei ao céu minha prece,
e neste mundo acabei sem o tê-lo,
passaram tempos e estou assim
esperando meu resgate,

e nesse interlúdio moral,
cantam e destoam meus versos
palavras de esperanças sem fim,

pois Deus dá-me o prazer de esperá-lo,
e eu o vou abraçando feliz
até que me torne de corpo só poeira.

Prudência Contida

Ora fosse-me dado ir, voar...
Moves-me sempre conhecer,
a cada dia sem par renascer
em busca do que existe para amar,

dado foi-me certo me lançar,
e eu, só eu fico Perto a dizer,
e digo tanto sem nada saber
deste céu que me és o lugar;

amanhã tanto chão olhas-me,
e na estrada busco meu alimento
que espera livre me integrar,

e seguro de prudências prendo-me
flagelando o meu presente intento
no mesmo cerne contínuo a sangrar.

Rascunho Sem Tempo

Se há o que querer, talvez amor,
seja qual for o motivo do vazio
a saber, o caminho sombrio,
o tempo talvez desengane a dor,

só há o não querer e o torpor,
e o tempo persiste arredio,
e corre-se tanto a buscar o brio
a vista dos que te vêem ao redor,

quero o não de palavras ocias,
pois, dizem tantas contrariedades,
e nada do que me dizem me vale,

ao passo desse chão de inglórias,
meu andar, que procura felicidades,
sufoca-me até que de todo me cale.

Quem sou eu

Minha foto
Sou uma pessoa que sempre teve um grande e intenso mundo interior, e que no entanto nunca consegui se fazer ouvido ou entendido, então comecei a escrever a fim de aliviar esse contexto interno, passando então a me auto-conhecer, e nesse processo acabei descobrindo o que realmente mais gosto e quero fazer. E mais importante, a cada dia me sinto mais livre e contextualizado com o meu mundo, com as pessoas e com o meu Deus, que é a base de toda estrutura da minha vida. Toda Glória pois a Ele! Deixo pois aqui alguns de meus poemas para que possa despertar nas pessoas que vivem a mesma coisa e ainda não romperam com a convenções! Abraço a Todos. Fraternalmente!

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